COMO FAZER CURVAS....



Para enfrentar uma curva devem seguir-se algumas normas básicas, válidas para todos os gêneros de motos, onde incluímos os atos a cumprir antes de entrar, no centro e na saída. da curva
Na estrada encontramos variados tipos de curvas, saiba de algumas: de raio constante , as mais fáceis de negociar; com raio decrescente , talvez as mais complicadas porque “fecham” no final; com raio crescente que se abrem. Cada uma tem as suas características particulares e trajetória própria, mas todas apresentam três pontos vitais para correta e segura abordagem: ponto do começo da curva – momento em que iniciamos a inclinação; ponto do meio – o instante em que se entra no interior da curva, e ponto de saída , que tal como o nome indica, é utilizado para sair da curva até ao regresso da moto à posição vertical.

Antes de chegar a uma curva devemos ter em mente como efetuar a manobra e, supostamente, conhecer a curva em questão. Devemos também decidir qual a velocidade, quando e onde vamos frear, porque nem todos o fazem de idêntico modo. Realizar tudo isto permite circular com superior segurança, porque o nosso cérebro passa a coordenar antecipadamente todas as manobras.

As situações de pânico na hora de fazer uma curva, é por não se ter chegado à velocidade correta da curva, atingem-se geralmente devido a frenagem tardia, por não conhecer a curva ou outros imprevistos como manchas de óleo, sujeira, etc...

Curvas de raio Constante

INCORRETO


Nesta sequência observa-se a abordagem incorreta de uma longa curva à esquerda, antecipando o ponto de viragem e, consequentemente, o ponto de contato com a linha interna deixará em má situação para a saída. Uma curva deste tipo – longa, – não pode ser negociada com a trajetória vista, pois a moto terá tendência a sair para o exterior a partir do meio da curva. Para consertar a trajetória, deve-se reduzir a velocidade – estando com a trajetória e velocidade errada, vc terá que no momento em que devíamos acelerar –vc será obrigado a inclinar mais do que o necessário, para não terminar a curva fora da trajetória ideal e invadir… acostamento hahaha!!

CORRETO



Esta sequência mostra a trajetória correta na mesma curva. O ponto de começar deitar é substancialmente atrasado, mantendo a moto pelo exterior até à altura adequada para tomar o ponto da linha interna, que pela característica da curva encontra-se mais para frente que em uma de raio curto. Realizando a trajetória desta maneira e uma vez no ponto certo, poderemos acelerar com decisão graças ao correto posicionamento da moto na trajetória. A partir do ponto de aceleração devemos começar a endireitá-la, procurar o ponto de saída e assim aproveitar o espaço útil da faixa com a máxima segurança e eficácia.


COMO ENTRAR NA CURVA

Apesar de ser difícil explicar em detalhe cada uma destas manobras sem realizar exercício prático, como exemplo vamos partir de uma qualquer curva imaginária. Suponhamos que nos dirigimos de uma linha reta para uma curva à direita, de raio constante e com visibilidade. O fato de vermos a saída já constitui substancial ajuda para efetuar a curva com segurança mas, de qualquer modo, torna-se imprescindível realizar os seguintes passos: antes de chegar ao ponto de inclinar, devemos colocar-nos no lado oposto para onde se dirige a curva mas sempre na nossa faixa de rodagem , para a partir daí decidir onde e quando vamos frear – o fato de iniciar a frenagem no extremo oposto do lado para onde vamos curvar, aumenta a segurança. Quanto mais espaço tivermos para frear, melhor a podemos realizar.

Depois de frear e – se necessário – reduzir velocidades, soltar os freios e inclinar a moto para o interior da curva, até ao ponto de máxima inclinação. Portanto, é o instante mais delicado em termos de aderência. Por tal motivo, a partir de então aceleramos com suavidade até ao exterior da curva – tendo como espaço útil a nossa faixa de rodagem – para encontrar o ponto de saída, atingido quando recolocamos a moto em linha reta. Variar a ação num destes pontos, em especial a trajetória, é um erro que reduz as margens de segurança.

CURVAS DE RAIO DECRESCENTE

Estas são curvas que “fecham” no final da trajetória – se forem abordadas como as de raio constante, acabaremos inevitavelmente na faixa contrária ou acostamento. Para fazer de forma correta devemos “atrasar” a altura de entrar na curva, mais do que uma curva constante – você terá que contornar a curva pelo exterior à velocidade adequada para o efeito, chegando assim praticamente a uma única trajetória na máxima inclinação, com atenção posta no seu ponto de saída. Assim, será fácil acelerar porque a inclinação da moto foi constante, mesmo quando ela fecha no final e nessa hora vc terá que estar do lado interno da curva, ficando-se com razoável margem de segurança para encarar o final da curva. Na prática, toda a manobra se baseia no ato de “frear”, com a finalidade de ir ao encontro do ponto de inclinação máxima, neste tipo de curvas, estará sempre mais adiantado para o fim que em qualquer outra situação. A forma desta curva é por hábito larga, com pouca visibilidade para o final e de difícil execução.

CURVAS DE RAIO CRESCENTE

Como o seu próprio nome indica, trata-se de um tipo de curva que apresenta condições contrárias às de raio decrescente, significando que o seu traçado abre no final, permitindo uma saída cômoda e fácil.

É habitual entrar por instinto de modo rápido, devido à sensação de amplitude que proporciona a visualização da saída, e que em princípio garante maior comodidade no final da curva. Na realidade, o ponto de entrar na curva surge mais cedo que nas de ponto decrescente, devido a estas curvas serem largas e possuírem boa saída; por isso, deve-se iniciar a trajetória em busca do ponto máximo de inclinação mais cedo do que as outras. Fazendo corretamente a manobra, a saída será muito cômoda e permitirá decidida aceleração.

EM SEGURANÇA

Conseguir uma trajetória ideal passa por realizar corretamente o primeiro ponto e os seguintes, porque na verdade estão profundamente ligados; se, por exemplo, nos anteciparmos no primeiro, atingimos demasiado cedo o segundo (ponto) e, por conseguinte, abriremos em excesso a saída da curva, ou inclinaremos demasiado a moto pondo em causa a aderência, com possível deslocação para a faixa contrária ou acostamento. Uma coisa deve ficar clara: quanto menos inclinarmos, mais segurança teremos, e inclusive velocidade – erradamente, muitas vezes confunde-se uma acentuada inclinação com uma deslocação rápida. Isso é um grande erro...

Não se esqueçam que uma trajetória bem executada permite acelerar a partir do ponto máximo de inclinação, oferecendo garantias de segurança superiores.

Não duvidem: quanto mais inclinados estiverem, menos poderão acelerar.

NÃO PROCURE PROBLEMAS...

Um resumo, aqui os erros mais comuns na negociação de curvas, e eventuais conseqüência.

Travar bruscamente quando entramos inclinados numa curva: isso levar-nos-á para o exterior. Quando se inicia a inclinação toda a frenagem já deve ter sido realizada...
Confiar no estado aparente do piso: no meio da curva podem aparecer ondulações, manchas de óleo... impõe-se conduzir sempre com grande margem de segurança em estrada aberta.

Atingir o ponto máximo de inclinação em freando: garante saída para o exterior e possível queda, pois é o momento de maior inclinação da moto.
Sair da faixa de rodagem para negociar a curva – seja à entrada ou saída: coloca em risco a nossa integridade física e em perigo os veículos que circulam em sentido contrário.

Acelerar antes de sair do ponto máximo de inclinação: mais uma razão para sair rumo ao exterior!
Entrar na curva com uma “mudança” demasiadamente alta, e reduzir no meio ou à saída da curva: à entrada da curva já devemos ter engrenada a velocidade certa.

Antecipar o ponto de inclinação: implica retificar a trajetória a meio da curva ou permanecer demasiado tempo inclinado, com os riscos consequentes.
Tirar uma mão do guidão em plena curva: nem para saudar outro motociclista, pois com as motos esportivas existentes na atualidade, será bastante provável que a alteração de forças produza uma balançada brusca no guidão.

Fazer a curva com a embreagem pressionada: imprudência temerária, pois impede a retenção do motor e destabiliza a moto.
Ultrapassar um veículo em plena curva: ainda que exista visibilidade e seja permitido, esse veículo pode esconder-nos algum obstáculo do terreno.

Retardar excessivamente a frenagem em terreno desconhecido: pois não se sabe que tipo de curva aparece pela frente...
Um conselho final: em piso molhado, nunca atuar como em piso seco. Com chuva, estrada molhada ou asfalto úmido... no mínimo, aplique-se mais 50% de prudência e suavidade em todas as ações sobre a moto.


Agradecimentos
Motors Vivos


Well Lex
Motoqueiro Nomade

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Abraços a todos.

Well Lex
Motoqueiro Nomade